domingo, 8 de março de 2009

Imensurável

Com que medida se mede o afeto
E como se pesa o desprendimento?
Por onde entrelaçam-se as cordas
Aquelas que unem o doar-se,o querer
e o desmedir-se em favor do outro.

Onde termina o meu e começa o seu
Se já não me importa que por você, não meço
Como reverter tanta formalidade
Trazida pelo excesso de educação,de refinamento
Confundida e renomeada como impessoalidade

Um abraço de eventualidades
A espera secreta pelo dia eventual
O aguardo pelos olhos compelidos de afeto
O tempo passado obriga a criança a criar rugas

Vida amarga! Pra que me faz provar tal sabor?
Que razão tem para me ensinar desta forma?
Quando mais se entrega,menos se é reconhecido
Quanto mais se revela,menos se é percebido
Quanto mais se enleva,menos se é querido

Má!Não sabe que a menina chora
Com lágrimas secas e soluços verdadeiros
Há tantos e tantos anos dessa vida
A antiga perspectiva de ser querida?

Abre-se o livro com novos ensinamentos
Esqueçam os santos mandamentos!
Atualizem-se os entendimentos
Não gostou?Esse é o meu momento.

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