terça-feira, 7 de abril de 2009

Flâmulas Alvas


Fui buscar na lembrança
a voz de plumas brancas
vinda de ventos frescos
com cheiro de amor.
Flores de algodão me tocaram
caídas do céu como mensageiras
de uma nova percepção de vida
do caminho que há para se trilhar.
Não há mais como regressar
os dias que passaram nunca voltarão
e os últimos rumos tomados
só fizeram os cavalos empacar.
Quando os ohos se fecham
não há como lutar com as diferenças
não há como corrigir erros
ou mesmo erradicar distâncias.
As lágrimas perdem o sentido de existir
senão pelo que poderia ter sido.
Busco no meu interior somente uma palavra
e o exercício da validade que ela deve ter
nada mais, senão fazê-la existir em atitudes.
Não mais como meras letras juntas,
nem como sentimento de ruborizar ou aquecer.
Mas em gestos ternos que exteriorizem
tolerância, acolhimento, entendimento e inclusão.
Um mundo inteiro fica pra trás
conceitos,quereres, propósitos
nada mais tem tamanho valor.
Até mesmo o respeito emudece
pois vê que há algo maior que ele.
E que para toda a regra,
um dia chega a sua respectiva exceção.
Apenas o futuro, um pouco a cada dia
Juntar as pedras e reconstruir moradas,
não ter a vergonha de corrigir os erros
de convidar para o chá com biscoitos
de falar da vida, de dar flores
de sair para ver vitrines e comprar nada
de assistir filmes velhos na cama
e de chamar para conhecer o bebê.

Nenhum comentário:

Postar um comentário