terça-feira, 28 de abril de 2009

Mentirinhas (ou Lembranças de um passado bem verdadeiro)

Acorda cedíssimo,pula de frio
Vê que o dia ainda não chegou.
Testa frisada,lamenta o relógio
e cada gota de sereno nos vidros
das janelas.
Preparo do banho quente
Sorte tua,fumegante.
Pinturas,perfumes,saltos altos.
Mulher elegante...
Corre-corre para o transporte
"Bom dia"amplamente feliz
e entregue
ao longo do corredor de vidro
onde andar é avaliado por olhares
como se passarela fôsse,
alegrando a vida de uns
e iniciando o expediente da inveja de outras.
Muitas atividades a dar conta
outros tantos telefonemas
ser ágil é habilidade
ser responsável já é a recompensa.
Hora do almoço,saladinha...tédio
Se der tempo,manicure
se não der, remédio...
Corre-corre a outro endereço
sorte enquanto só precisa do elevador
com tamanha correria, amigo
O dia todo café companheiro
Seis horas da tarde! Corre moça...
Pilhas de livros pra horror da atendente
Coitada da bibliotecária
Montanhas de papéis e pesquisas.
Escutar os mestres quando não é insano,
é cativante...
Lá pelas nove, o jantar é sanduíche
com refrigerante
Vamos! Força! Às onze ainda estará viva
Pulsante por causa da cafeína?
Ou por saudades do amante?
Por sorte não perde o Gávea
e mesmo lotado agradece pelo retorno
pra casa
Quando não há o urgentíssimo para o dia seguinte
Poderá crer que haverá o banho relaxante
a cama fria,mas amiga e macia
e seis horas para um novo dia.

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