(Esta música,dedico ao meu filho)
A carruagem mais uma vez passou,
desta vez levando os restos puídos da veste da dama.
O modo como andara, não foi o qual escolheu fazer,
O modo como andara, não foi o qual escolheu fazer,
mas urgiu caminhar rapidamente
não olhando para trás.
Evidenciou sua pressa em livrar-se dos pés
enlameados pela chuva
porém as tintas que pintaram a fortaleza
secaram e racharam por tamanho fogo
do sol da rebeldia, sua marca de nascença.
Ela não é guerreira Una, não é princesa medieval
Não é donzela presa na torre do conto de fadas
Tampouco rainha do tabuleiro de xadrez.
Leva consigo na carruagem o legado da perseverança,
o juízo e a inteligência,presentes divinais
Na outra mão, seu filho.
Caminha com passos lentos agora
sem saber exatamente onde estes os levará.
Caminha perene, pois a terra onde pisa
só se ilumina por pequenos fachos luminosos
que sobrevoam seus pés.
Ainda passará por pedras pontiagudas
bifurcações e trevos de matagais.
Aves tagarelas ainda voarão ao seu lado...
Mesmo assim...
Vagarosamente e temendo,ela irá
e sentirá o vento em seu rosto
com notas de esperança.
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