terça-feira, 28 de abril de 2009

O TEMPO

Silêncio torna-se momento,
ânsia em pensamento
ânima em não contentamento
e vontades em ponteiros
de relógio já paralisado
ou vagões de um trem descarrilado.
Calendário de folhas esvoaçadas
e de muitas horas já passadas
O hálito não guarda ares férteis
de libélulas que sobrevoaram sonhos.
É um acometimento insano
desbravar caminhos antes abertos
achando que encontrará óbvios
por onde se trilhou incertos.
Nem pela força,nem pelos favores
colarão selos de afeto
e brotarão espécies nascidas de amores.
Não há receita prescrita
nem poção,nem unguento.
Talvez a voz mais sábia diria:
Talvez, só o tempo.

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